Começou a sessão de exames: ressonância, tomografia, cintilografia óssea...
A cada exame uma expectativa pelo resultado. E a cada resultado bom, um alívio. Ufa!!!
A agenda fica cheia: ir ao médico, fazer os exames, retornar ao médico com os resultados… E assim os dias vão passando. Tudo acontece muito rápido, não se tem muito tempo para pensar. Você acaba indo no embalo. Primeiro fiz a cirurgia para a retirada do tumor, depois veio quimioterapia e, posteriormente, a radioterapia. Minha vontade era de fazer a cirurgia logo. Claro que estava com medo, mas a vontade de me ver livre do tumor era tão grande que no dia marcado, fui bem feliz para o centro cirúrgico, afinal “aquilo” não me pertencia.
Também chegou o momento de introspecção, aquele momento de cuidar de si mesma, de pensar no próprio bem-estar, de ser bajulada, de descansar, de ter paz interior… O momento de reunir forças e ter muita paciência, afinal o caminho é longo e um pouco difícil.
Sabe, na hora que você começa a contar para os amigos e familiares que está com câncer, eles ficam tristes. E a todos eu dizia: - “estou bem, vou fazer o tratamento e vai dar tudo certo”. Eu ficava triste por entristecê-los, mas ao mesmo tempo percebia o quanto eles gostavam de mim, e isso me dava mais força para lutar. Durante o tratamento é muito importante o apoio da família e dos amigos para nos sentimos amparados e fortalecidos. Lembro quando assisti a uma reportagem onde a repórter teve câncer de mama e falou dos 4F’s: Família, Fé, Foco e Força. Ela tem toda razão: sem Família, Fé, Foco e Força, eu não conseguiria seguir em frente.